Stanley Jordan celebra seus 65 anos com show no Blue Note
Por Redação C2
Stanley Jordan faz parte daquele rol de músicos que, vira e mexe, dá um jeitinho de aparecer por aqui. ‘Sempre que venho ao Brasil, sinto como se estivesse em casa”, declarou no ano passado, antes de se apresentar no festival The Town, em São Paulo.
A primeira vez que o jazzista veio ao Brasil foi em 1985, quando sua carreira decolou, com o álbum Magic Touch. Agora, o guitarrista americano mostra seu jazz fusion em show solo em duas sessões no Blue Note (casa que também conhece bem), exatamente no dia em que completa 65 anos. Com mais de 40 de carreira, ele é conhecido por ter levado a técnica “the touch” ou “tapping”, em que se toca a guitarra com as duas mãos no braço do instrumento, a outros patamares.
“Eu gosto daquela ideia de jazz-rock que se tornou popular após Bitches Brew (álbum gravado por Miles Davis em 1970), mas não de toda a ideia. Quando eu faço a fusão de dois gêneros, procuro misturar as suas propriedades. Por isso, acho que se trata mais de uma integração do que uma fusão. Integração é juntar as coisas e criar algo à frente”, disse o músico ao Estadão, em entrevista concedida em 2017.
Jordan já declarou em outras ocasiões que sua música também foi muito influenciada pelos ritmos brasileiros. Ele inclusive já gravou com Milton Nascimento (a canção Tamarear, de 2014) e se apresentou ao lado de Jorge Ben Jor.
Durante suas apresentações no Brasil (além de São Paulo, ele passou pelo Rio esta semana), ele terá nos palcos a companhia do baixista Dudu Lima e do baterista Leandro Scio Brandão (que substitui Ivan Conti, o Mamão, morto em 2023).